sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aceite o chefe no Facebook sem medo de cometer gafes


Saiba o jeito certo de se expor na internet para não se comprometer no ambiente de trabalho e com clientes

Brasil Econômico - Vanessa Correia e Natália Flach 
    Você se sente confortável ao adicionar colegas de trabalho em redes sociais? A maioria dos executivos brasileiros não vê problemas em se conectar a contatos profissionais no Facebook, segundo levantamento realizado pela empresa derecrutamento Robert Half. A pesquisa apontou que 41% dos profissionais que atuam no país se sentem muito confortáveis em adicionar seus superiores na rede social. O percentual é ainda maior quando considerados colegas de trabalho: 51%.
    O resultado, contudo, leva a uma reflexão: como você deve se comportas? “Não vejo problemas em adicionar contatos profissionais nas redes sociais. Mas, feito isso, deve-se prestar atenção ao que publica ou compartilha”, sugere Carlos Eduardo Altona, sócio da consultoria em recursos humanos Exec.
    É o que faz Dimas Barbosa Araújo, diretor executivo de novos projetos da NTC & Logística.Dimas acaba aceitando em sua rede social muitos executivos que atuam em empresas ligadas à NTC & Logística, desde que os conheça. “Procuro manter no Facebook o mesmo comportamento que tenho no dia a dia. É um processo virtual, mas reflete a vida pessoal”, diz.
    O profissional não compartilha ou posta algo que seja ofensivo e evita futebol, já que mexe com a paixão dos brasileiros. “Sempre que escrevo algo na rede social analiso se será visto de maneira adequada por todos os amigos e colegas. Não é autocensura. Só acho que as redes sociais têm o objetivo de fazer amigos e não inimigos”, pondera.
    Altona não vê problema em adicionar colegas de trabalho, seja no Facebook, Twitter ou LinkedIn, desde que o comportamento seja comedido. “É importante entender que seu comportamento em qualquer rede social é uma extensão do seu comportamento no trabalho.”
    Já Daniela Ribeiro, gerente sênior das divisões de vendas e marketing e engenharia da Robert Half, acha adequado segregar as redes sociais. “A geração Y não separa o pessoal do profissional, o que faz com que vejamos uma migração dos assuntos profissionais para o Facebook. Mas sempre recomendo que não se misture os assuntos. Questões pessoais devem ser tratadas no Facebook e profissionais no LinkedIn e Twitter”, diz. Daniela não vê problemas em recusar convites de superiores e colegas de trabalho no Facebook.
    Também é importante que o profissional atente-se ao Código de Conduta da empresa para a qual trabalha. “Sou a favor da empresa orientar seus funcionários quanto à conduta que espera deles, inclusive em redes sociais. Claro que não pode obrigá-los a nada - cada um é responsável pelos seus atos - mas pode alertar”, diz Altona. “A preocupação maior, além da marca que o profissional está representando, é a marca dele mesmo”, pondera a gerente da Robert Half.
    A Coinvalores criou um perfil no Facebook para interagir com clientes. Os analistas escrevem, pelo menos, dois textos por semana: um com as perspectivas e outro com as ações que merecem destaque no curto prazo. Por sua vez, os clientes da corretora podem comentar e tirar dúvidas. Um dos autores da página da corretora é Felipe Silveira, que também mantém uma página pessoal na rede criada por Mark Zuckerberg. "No meu perfil, não tenho clientes como amigos, mas tenho colegas de trabalho. Mas, mesmo se não tivesse, usaria bom senso nos comentários. Na página da Coin, o interessante é ter feedback", diz. O especialista também tem uma conta no LinkedIn para questões profissionais.
    A consultora de etiqueta Célia Leão aponta que as pessoas devem ter cuidado na hora de usar redes sociais. “É uma vitrine, por isso não se deve escancarar a sua vida”, diz. Segundo ela, não há assuntos proibidos, como futebol, religião ou política, contanto que se saiba dosar a forma de escrever. “Mas não se deve comentar que teve uma reunião chata durante à tarde se tem como amigo o chefe. Hipoteticamente, isso não dá demissão, mas cria um mal estar.” Célia indica que o profissional dê preferência ao LinkedIn na hora de adicionar os colegas do trabalho, chefes e clientes.
    Questão cultural
    Os resultados apresentados no levantamento da Robert Half - de que executivos brasileiros não veem problema em adicionar contatos profissionais no Facebook - são superiores à média dos países consultados na pesquisa: 19% e 25%. “Temos uma cultura mais informal, alegre. Faz parte da nossa cultura termos essa postura mais aberta, informal”, afirma Daniela, lembrando que vários dos outros países consultados, como Austrália, Bélgica, Chile, Emirados Árabes Unidos, França, Alemanha e Hong Kong não utilizam tanto o Facebook quanto Brasil e Estados Unidos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


DEEP WEB
 Afinal de contas o que acontece na "internet que não temos acesso"
Palavra do editor:  Tudo tem limite e acho que em toda essa minha vida na web nunca vi algo tão assustador como a Deep Web, existem coisas que é melhor não sabemos para evitar traumas, mas a deep web representa para mim a coisa mais hedionda já criada, onde a frieza humana impera de forma absurda mais tão absurda que nem mesmo as mentes mais brilhantes do mundo conseguiriam entender tanta podridão, eu acho que você caro visitante tem o dever de saber que a curiosidade tem limite e isso é sério, eu acho que nunca antes na minha vida fiquei com tanto medo, receio e desconfiança, mas ainda sim não podemos fingir que a deep web não existe. Este artigo é para você ter uma ideia do que é a Deep Web e digo e repito nunca na minha vida vi algo tão hediondo e perigoso, isso vai muito além dos filmes de terror e ate da minha compreensão.
http://ampulhetadigital.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/wordpress/img/trans.gif
Sabe aquele ditado que diz:”se não tem no Google não existe”, pois se você já disse isso alguma vez nunca esteve tão enganado na vida.
Este é assunto muito polemico tão polemico que as pessoas preferem não comentar, muitos dizem coisas horríveis da deep web, é verdade que existem coisas horríveis lá, mas também existe coisa boa, mas pode ser muito perigoso, para se ter uma ideia vários fóruns proíbem seus participantes de criarem tópicos sobre o assunto.
Mas o que é a deep web?
Tudo começou com uma pesquisa 
Como a maiorias dos visitantes devem saber eu sou fã do game The legend of Zelda e durante algumas pesquisas sobre o jogo achei uma creepypasta que falava sobre um cartucho amaldiçoado de Majoras Mask, uma história boa e bem assuntadora ate ai nada demais ate que vi nos posts recentes do blog que estava visitando uma coisa chamada deep web e o autor do blog disse que não queria falar sobre o assunto porque é perigoso demais e colocariam os visitantes em risco, eu fiquei curioso, pois nunca tinha houvido falar de deep web então fiz uma rápida pesquisa no Google e descobri algumas coisas sobre esta tal Deep Web.
Deep Web, dark net, dark web, invisible web são os termos usados para esta tal internet oculta, mas por que ela é oculta? porque não aparecem nos indexes de busca(Google, Yahoo! e Bing), é obvio que os motivos de estar oculta é porque coisa boa não é, veja algumas coisas curiosas(e tenebrosas) sobre esta deep web:
·         Ela é 500 vezes maior que a web visível(e ainda dizem que se não tem no Google não existe, eu acho que o ditado correto é “se não tem no Google com certeza está na Deep Web)
·         Apenas 3% da Web está visível o resto é Deep Web
·         Existem aproximadamente 8 camadas dessa deep web e quanto mais você vai se aprofundando mais perigoso fica, eu não sei dizer o nome dessas camada a úncia que sei é Onion que é a primeira.
·         Como era de se esperar a deep web é formada por pedófilos, assassinos,  seitas ultra mega blaster master satânicas(que entre seus rituais estão o canibalismo e sacrificios humanos), trafico de pessoas, mercado negro, comunistas, hacks, nazistas, terroristas e outros tipos de bizarrices que você pode imaginar(ou não).
·         Grupos de hacks como LuzSec, Wikileaks  e Anonymous surgiram na Deep Web
·         Precisa ter muita cautela ao visitar a deep web, pois o risco de pegar vírus é 10 vezes maior do que na web normal.
·         Apesar disso existem sites que podermos considerar “bons” como sites de hacks, programação, literatura e projetos científicos.
·         Para acessar a deep web você jamais deve usar seu navegador comum (Opera, Chrome, Firefox e etc.) você precisa de um software chamado Tor  que deixa você no “anonimato”, afinal você não vai querer a PF ou FBI na sua cola.
Para que você tenha uma ideia do tamanho da Deep Web veja o gráfico abaixo:
Surface Web = Facebook, Twitter, Google e os demais sites comuns que aparecem nos sistemas de busca.
Deep Web = Lado Oculto fora dos sistemas de busca


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Facebook quer ganhar dinheiro com seus sentimentos


Facebook quer ganhar dinheiro com seus sentimentos

'Como você está?', 'o que está acontecendo?', entre outras perguntas, são a chave da nova plataforma publicitária


Há poucas semanas usuários do Facebook puderam notar que a rede social ficou, digamos, mais abusada. Ao acessar o site, o internauta passou a se deparar com perguntas do tipo "como você está?" e "o que está acontecendo?", e isso tende a ser intensificado.

Algumas pessoas agora veem um complemento disso e podem até adaptar a questão, conforme noticiado pelo TechCrunch. Então, ao invés de "o que você está fazendo?", você pode fazer com que o Facebookpergunte sobre comida, leitura, filme, música, bebida etc.

Reprodução

Cada resposta significa uma oportunidade publicitária diferente, já que é possível, por exemplo, dizer ao site que você está lendo "50 tons de cinza", ou ouvindo "Arcade Fire" no Spotify, ou assistindo a "Pulp Fiction" no Netflix. Ou seja, As empresas que apostaram no Open Graph podem aparecer de outra maneira.

Facebook disse que isso tudo é apenas um teste para entender se os internautas estão dispostos a compartilhar seus sentimentos com a rede social de uma forma "mais visual". O site também garantiu que a novidade não tem ligação com a Graph Search, a poderosa busca interna lançada recentemente.

Diga-me onde dá check-in e eu te direi quem és


Diga-me onde dá check-in e eu te direi quem és

Check-in no aeroporto é legal, afinal as pessoas vão ter a percepção que sou viajado, ocupado, entupido de milhas



Divulgação
Foursquare
Artigo de Marcos Hiller (@marcoshiller), professor da Trevisan Escola de Negócios

ecossistema digital faz com que criemos novos hábitos, novas maneiras de nos relacionar e novas formas de habitarmos o mundo em que vivemos. Nesse sentido, usamos as redes sociais digitais para construir narrativas envolventes por meio de jogos discursivos e, com isso, obter a validação de terceiros sobre os conteúdos (emocionais ou não) que construímos em rede.

Aplicativos de geolocalização têm sido a grande vedete desse novo, inquieto e hesitante universo online que habitamos hoje em dia. Por meio desses aplicativos, como o Foursquare ou o Facebook, construímos narrativas e demarcamos o território que frequentamos. Afinal, o lugar onde vou comunica muito sobre quem sou, o que eu penso, minha forma de agir, ou até mesmo como eu quero que as pessoas me percebam no mundo.

O homem é um ser narcísico por natureza. Sempre foi. O ser humano adora um espelho. As pessoas têm pré-disposição a um certo narcisismo no ambiente em rede. Fato. Evidencia-se que na maioria das vezes, dão check-in em lugares transados, descolados, bonitos, atraentes e onde querem que seus “amigos” saibam que estão ou estiveram.

Check-in no aeroporto é legal, afinal as pessoas vão ter a percepção que sou viajado, ocupado, entupido de milhas, um homem de negócios. Check-in na rodoviária, nem pensar! Afinal a troco de quê vou querer que saibam que estou prestes a pegar um busão no nada atraente Terminal Rodoviário da Barra Funda. Is not cool!

Check-in no MoMa de Nova York, UAU! Demais! Além de descolado, antenado, o cara aprecia e adora artes, e está lá saboreando obras de Andy Warhol, Matisse, Monet e Marcel Duchamp. Agora, dar check-in no novo MAC (Museu de Arte Contemporânea de São Paulo), que recentemente inaugurou seu endereço no belíssimo prédio que ocupava o Detran-SP, no complexo do Parque do Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer, em sua época mais áurea (entre Pampulha e Brasília), melhor não. Afinal, nunca fui a esse museu, nem sabia que existia e não entendo nada daquelas malucas instalações de arte contemporânea!

O local líder de check-ins na cidade de São Paulo é o Parque do Ibirapuera. É super maneiro fazer com que as pessoas saibam que estou no maior parque da cidade fazendo exercícios físicos, malhando e desestressando um pouco.

Há quem não obedeça o status quo e dê check-in apenas em lugares não tão prestigiados assim, como no restaurante Ragazzo, no Habib’s, no Shopping Interlagos, no Largo 13 de Maio ou nas Lojas Marisa. Eles não querem somente compartilhar com a turma que está nesses locais, mas justamente “tirar onda” da ferramenta e agir contra a massa. Apenas 30% das pessoas compartilham seus check-ins no Facebook ou Twitter. Os 70% dão check-in e o deixam apenas ao conhecimento dos amigos do Foursquare. O Facebook, logicamente, está percebendo a força e o ganho de audiência exponencial dessa mídia e tem aperfeiçoado sua funcionalidade para check-ins.

Eu sou usuário assumido dessas ferramentas pelo simples fato de que estudo e pesquiso tudo isso para entender como impactam as pessoas e como elas se relacionam entre si. Recentemente, dei meu milésimo check-in no Foursquare. Sim, já cliquei no “Check-in Here!” mais de 1000 vezes. Na ocasião, o Foursquare me mandou um email agradecendo por tantos check-ins e me disponibilizando um código promocional, para que comprasse com desconto pelo site uma camiseta exclusiva da rede social.

Não pensei duas vezes para efetivar a compra. Além da camiseta, adquiri um pacotinho de adesivos, pagando cerca de 25 dólares por tudo. No entanto, o custo do frete foi de mais 30 dólares e tive o azar de ter minha compra retida na Receita Federal, tendo que pagar uma taxa de mais 80 reais para liberar o produto na aduana. Bem feito! Nisso que dá ser viciado nessas coisas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

BEM-VINDOS TURMA DE 2013

Olá a todos.

Parafraseando uma frase que particularmente eu odeio do Pedro Bial (mas tenho de dizer aqui, pois estamos em um universo virtual de disseminação de coisas boas e... também péssimas, então eu o cito aqui: "Bem vindos à nave Cibercultura..."

Então aproveitando o embalo e a vontade que vocês estão em aprender (sim eu acredito nisto) posto o nosso primeiro texto.

Um grande abraço e sucesso para todos nós na nossa disciplina digital.


CIBERCULTURA ----------------------------------------------------------------------------------

Rodrigo Cristiano Alves







INTRODUÇÃO ::



                A incorporação das tecnologias em nossa vida quotidiana está cada vez mais intensa, hoje é raro conhecer pessoas que não têm um aparelho celular ou que nunca sacaram dinheiro com um cartão magnético. Vivemos cercados por tecnologias e às vezes nem nos damos conta desse fato. Isso é causa / conseqüência do amplo desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação, fomentada, desde a década de 90, pela popularização da rede mundial de computadores - Internet, que nos proporciona realizar atividades e/ou tarefas sem necessariamente ir a um lugar determinado.

                Juntamente com essa incorporação das TIC mudamos nossos hábitos, atitudes e modos de pensamentos e sem perceber somos, cada vez mais, afetados e modificados pela potencialidade da comunicação que é intensificada com a interconexão mundial dos computadores: o ciberespaço. O primeiro sintoma dessas mudanças é a velocidade com que tudo acontece. As informações e as descobertas são divulgadas de forma muito rápida, assim como as transformações que elas sofrem; os conhecimentos adquiridos agora, inclusive com essa leitura, tornam-se obsoletos em um curto espaço de tempo e o tempo passa a ser representado de modo simbólico, em um ritmo frenético, ocasionando um eterno estado de mutação do ser, do conhecimento, da sociedade, das necessidades e das tecnologias.

                Nesse ritmo, tudo é transformado e várias possibilidades são criadas nos espaços de comunicações que se tornaram cada vez mais flexíveis e interativos. A cultura passa a agregar novos recursos como o virtual e ter várias outras faces e vozes, agregando valores plurais e fazendo emergir o conceito da cibercultura.





O que é mesmo cibercultura?



                Lévy (1999, p 17), define a cibercultura como "o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem juntamente com o ciberespaço". Segundo a Wikipedia "é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual".

                O que percebemos é que esse termo abrange toda uma gama de fenômenos que ocorre com a utilização das tecnologias da informação e comunicação. Tendo como marcante nessa cultura, a cooperação, percebida mediante o compartilhamento de arquivos - músicas, filmes, fotos, etc - fóruns de discussão, comunidades virtuais, entre outros. A construção do conhecimento passa a ser coletiva, mesmo estando o indivíduo a quilômetros de distância do outro, sem tempo nem lugar definido.

Construção colaborativa



                Em virtude do grande desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação cada vez mais a colaboração passa a ser potencializada, oportunizando a produção coletiva, colaborativa e interativa. O ciberespaço amplia essa gama de possibilidades, pois possibilita de forma mais rápida a troca e o acesso a conteúdo de formatos diversos.


                Nesse contexto a colaboração torna-se algo presente, seja em dicas de como utilizar determinado programa, ou na elaboração de textos, músicas e uma infinidade de coisas. Como exemplo trazemos o fórum de dúvidas, que hoje é muito comum no ciberespaço, podendo ser encontrado sobre diversos assuntos. Nos fóruns todos são convidados a darem sua contribuição, assim o conhecimento passa a vir de diversos lugares e não de um único ponto de forma estática, dando um movimento na dinâmica de construção do conhecimento pois deslocam-se os papéis de receptor e emissor num fluxo contínuo e multidirecional em que todos trazem um conhecimento específico e que juntos, com a troca desses conhecimentos e não coma mera soma, enriquecem, modificam e oportunizam a construção de novos conhecimentos e saberes, dessa vez, construídos conjuntamente de forma participativa, cooperativa e colaborativa.


                Isso define uma lógica de rede, em que cada ponto deve estar igualmente fortalecido para fomentar o que Lévy (1998, p. 28) chama de inteligência coletiva, “uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. Nessa dinâmica, cada sujeito ou cada nó, contribui de forma significativa para o crescimento, fortalecimento e enriquecimento de todo o grupo.



                No ciberespaço, além do fórum encontramos vários recursos que oportunizam essas construções colaborativas, até mesmo em formato de texto único, como a Wiki, um espaço que permite a participação de todos, como a wikipedia, ou de determinadas pessoas, como a wiki do Moodle, para poderem intervir no processo através da criação e reconstrução das mensagens, podendo selecionar, combinar e permutar estas informações, além de produzir outras narrativas.

                Trabalhar colaborativa e cooperativamente não é algo fácil, pois para haver uma construção colaborativa e cooperativa é necessário a participação ativa e a interação de todos os sujeitos participantes do processo. Assim como o respeito aos diferentes conhecimentos, opiniões, culturas e indivíduos.



Interatividade,Hipertextualidade e Hipermídia



Na cibercultura tudo surge e se transforma em alta velocidade, o que aprendemos agora pode se tornar obsoleto em um curto espaço de tempo. E nesse tempo frenético tudo muda, inclusive as formas de comunicação. Antes só era possível ter informações lineares e fechadas, sem a participação ativa do leitor, agora, com os recursos das TIC a interatividade é possível.

                Utilizando-se da interatividade a informação deixa de ser apenas emitida, pois "não é mais um mundo fechado, paralisado, imutável, intocável, sagrado, ela é um mundo aberto, modificável na medida que responde às solicitações daquele que a consulta" (Silva). Nesse contexto, nos tornamos um outro tipo de leitor, um leitor que deve ver e interagir com a obra para que haja acontecimento, tornamo-nos exploradores, pois passa a perder a posição de recepção clássica sendo convidado à livre criação e a informação ganha mais sentido sob suas intervenções. (Lemos, 2004).

                Essa interatividade se dá principalmente através dos mais diversos ícones e links que estão no ambiente visitado. Desta forma, os hipertextos e as hipermídias passam a fezer parte das nossas vidas alterando nossa noção de textualidade, pois se constitui num texto plural, sem margens, sem centro, e consequentemente nos transformando da posição de passivo para o ativo por possibilitar infinitas conexões entre textos e mídias e oportunizar o rompimento de barreiras entre as diferentes áreas do conhecimento ao proporcionar um diálogo com os meios, no qual o se perder faz parte do caminhar.

                Os hipertextos são documento, páginas e ou interfaces que contêm ligações (links) para o mesmo ou outros textos e/ou hipermídias (gráficos, imagens e/ou sons) criando relações que enriquecem a qualidade da leitura. Esses links, quando ativados pelo leitor, proporcionam novos caminhos que por sua vez podem trazer outros novos caminhos oportunizando a diversidade de olhares e a não linealidade, potencializando a riqueza do caminhar, do se perder e do se encontrar do leitor.

                Os links dos hipertextos e das hiperrmídias podem ser criados de várias formas, como botões, palavras, frases e datas, e com diferentes finalidades, alguns exemplos são:

  • transferir para um tópico já exitente no texto;
  • mostrar uma referência, como o ano da citação de Lévy;
  • fornecer informações adicionais, como as palavras hipertextos e hipermídia;
  • exibir uma ilustração, esquema, foto, definição ou sequência de vídeo, como o encontrado na palavra Lemos;
  • exibir um indice.

                Com os links no meio dos textos temos a oportunidade de vivenciar outras visões e opiniões, além disso podermos contar com outros recursos como e-mails e fóruns para nos comunicarmos diretamente com os autores e também com outros leitores, os comentários passam a ser possíveis e interferir nos conteúdos deixa de ser um sonho distante. Saindo, então, da lógica unívoca da mídia de massa que se limita à distribuição, para a oportunização da relação do usuário com a informação e a construção do conhecimento.

Possibilidades educacionais

                As TIC historicamente vem influenciando significativamente a forma como as pessoas ensinam e aprendem, elas também são influenciadas pelos processos sociais que a cercam. Esse cenário tem motivado a elaboração de pesquisas e estudos acerca dessas tecnologias aplicadas à educação a fim de potencializar e de desenvolver qualitativamente novas formas e meios para essa utilização e emersão na cibercultura tentando, inclusive, resolver ou apaziguar problemas sociais que dificultam esse processo como a exclusão sociodigital.

                Na educação novos desafios são postos e velhos problemas emergem diante das modificações construídas e vivenciadas na cibercultura. Esses desafios engendrados pressupõem e necessitam de novas formas de ler, escrever, pensar, aprender e ensinar, ou seja, precisamos de novas educações para auxiliarem a transpor esses desafios. Isto não é fácil, pois não depende apenas do professor, mas também dos envolvidos no sistema educacional, assim como da abertura de visão das instâncias governamentais e políticas públicas efetivas e articuladas somadas à força de vontade para modificar esse processo.

                Como podemos perceber, só as tecnologias não resolvem os problemas, pois sua utilização necessita de uma mudança de postura e de atitude perante o modo de desenvolvimento e realização das atividades. O notório é que as TIC trazem possibilidades a partir da desconstrução do conceito de ensino-aprendizagem estática, localizada, temporalizada e exclusivamente conteudista, pois não apenas temos novos recursos, mas também estamos vivenciando uma nova era de produção e difusão do conhecimento, na qual estamos superando o papel passivo do espectador e receptador para nos transformarmos em produtores de conhecimento. Assim, percebemos que em todos os processos e âmbitos da sociedade mudam-se os papéis, os espaços, a temporalidade, ampliando a responsabilidade de cada um de nós como pessoa, e particularmente na educação o de discente e/ou docente.

                Com as redes de informação, tanto a educação presencial como a educação a distância podem, ser beneficiadas com a flexibilidade, interação, participação e colaboração. Hoje, existem muitos ambientes virtuais de aprendizagem como o moodle que auxiliam esse processo disponibilizando recursos síncronos (possibilitam que as pessoas comuniquem-se em tempo real) e assíncronos (possibilitam que as pessoas comuniquem-se num tempo posterior) que oportunizam essas possibilidades.



                Com esses recursos digitais a sua disposição, o professor pode potencializar suas aulas contemplando as novas formas de ser e agir das pessoas, chamada de geração alt+tab, que se desenvolvem juntamente com o crescimento da cibercultura.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

LIVROS SUGERIDOS PARA A NOSSA DISCIPLINA

Olás, o grande escritor Monteiro Lobato um dia disse que um país se faz com homens e livros. E na nossa era contemporanea  um país se faz com homens, mulheres e livros digitais...

Sugiro alguns livros imprencidíveis para nossas aulas, quase todos estão em formato digital pdf, e os próprios autores disponibilizam para o download.

Livro base:

Cibercultura - autor Pierry Lévy.

Livro: A CIBERCULTURA E SEU ESPELHO
http://abciber.org/publicacoes/livro1/a_cibercultura_e_seu_espelho.pdf

Livro: As redes sociais na internet
http://www.redessociais.net/cubocc_redessociais.pdf

BOA LEITURA

ABRAÇOS

Rodrigo


Afinal de contas o que é cibercultura?

Realmente este é um assunto que não parece mas é bem antigo, remonta a longinqua década de 70, ainda sim quando os computadores se pareciam com grandes armários de aço. Hoje um celular simples pode acessar os vídeos do youtube, ler e enviar e-mails e até baixar aquirvos.

A internet se tornou um canal de produção, difusão e proliferação de conhecimento. Uma terra sem fronteiras, e principalmente o o usuário se tornou o ponto central dessa nova forma de cultura.

E por falar em cultura antes tínhamos a cultura popular, a cultura erudita, a cultura de massa (que a publicidade se apropiou bem dela) e agora temos a cultura digital.

Para melhor explicar posto aqui um texto interessante de Caroline Diel.

Boa leitura!

"A cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informatização/telecomunicação na década de 1970. Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea (Lemos, 2002).
O princípio que rege a cibercultura é a “re-mixagem”, conjunto de práticas sociais e comunicacionais de combinações, colagens e cut-up de informação a partir das tecnologias digitais. As novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços.
Caracteriza a cibercultura três leis fundadoras que vão nortear os processos de re-mixagem, são elas:
1. A liberação do pólo da emissão: “Pode tudo na internet”, “tem de tudo na internet”.
2. O princípio de conexão em rede: “a rede está em todos os lugares”, ou como dizia a publicidade de “Sun System”, “o verdadeiro computador é a rede”. Essa lei é o princípio de conectividade generalizada, iniciou com a transformação do PC (computador pessoal), em CC (computador coletivo), com o surgimento da Internet e o atual CC móvel (computador coletivo móvel), era da computação pervasiva com a explosão dos celulares e das redes Wi-Fi. Tudo comunica e tudo está em rede: pessoas, máquinas, objetos, monumentos, cidades…
3. Reconfiguração (entende-se a idéia de remediação, mas também a de modificação das estruturas sociais, das instituições e das práticas comunicacionais) de formatos midiáticos e práticas sociais: “tudo muda, mas nem tanto”.
Na cibercultura, novos critério de criação, criatividade e obra emergem, consolidando, a partir das últimas décadas do século XX, essa cultura remix (possibilidade de apropriação, desvios e criação livre), que começam com a música, com os DJ’s no hip hop e os Sound Systems, a partir de outros formatos, modalidades ou tecnologias, potencializados pelas características das ferramentas digitais e pela dinâmica da sociedade contemporânea. BBC mostra como a “ciber-cultura-remix” está em expansão através dos blogs, podcasts, sistemas P2P, obras artísticas e softwares livres.
A cibercultura tem criado o que está sendo chamado de “mídia do cidadão”, onde todos são estimulados a produzir, distribuir e reciclar conteúdos.
As expansões da cibercultura potencializam o compartilhamento, a distribuição, a cooperação e a apropriação dos bens simbólicos.
A área acadêmica também tem se esforçado neste contexto, no que se refere a sinergia das causas tecnológicas e efeitos sociais e vive-versa.
A batalha para conquista do espaço ainda está longe de acabar, porém, os cidadãos virtuais já estão produzindo conteúdos pelos princípios da liberação da emissão, da conexão generalizada e da reconfiguração da indústria cultural, o que parece ser um caminho irreversível na atual cibercultura, como afirma o DJ Spooky."

  Caroline Diel e Giovana Basso!